Desde que Eva foi criada, muita coisa tem mudado na vida das mulheres, mas as coisas mais importantes, aquelas que nos trazem felicidade e realização, permanecem inalteradas por fazerem parte da essência da nossa feminilidade..
Ainda hoje, a esposa precisa que seu marido lhe dê três coisas que satisfarão as necessidades básicas do seu coração: segurança, liberdade e honra. E as três derivam do conceito do amor agape, o amor doador, sacrificial com que o marido é ordenado a amar sua esposa (Ef. 5:25).
O amor do marido traz segurança à esposa. É o amor que toma a iniciativa e o homem foi especialmente capacitado por Deus para ser o iniciador, o que busca, que corteja, que conquista, o que já faz parte da sua natureza. A mulher que é assim conquistada sente-se segura na sua feminilidade, na sua natureza mais responsiva.
O marido amoroso não apenas conquista o amor da esposa mas o alimenta através de atos carinhosos, como dar a mão a ela quando estão juntos; de palavras amorosas e elogiosas, pois sabe que a mulher é atraída pelo que ouve; de pequenos gestos e sacrifícios que para ele talvez nem façam muito sentido, como dar um presentinho, um ramalhete de flores, assistir a um filme romântico com ela ou planejar algum momento especial só para os dois; de respeito pela pessoa feminina que ela é, por sua maneira diferente de pensar e de se expressar.
O marido que trata a esposa como rainha terá uma rainha por esposa.
O amor do marido liberta a esposa. O amor doador nunca cerceia, antes visa a libertação da pessoa amada para ser tudo o que Deus a fez para ser. Ele não quer transformar a outra à sua própria imagem, mas se regozija na sua singularidade e beleza. “O amor edifica” (1 Cor. 8:1b), ajuda a esposa a crescer, a amadurecer, a revelar-se na sua essência. Reconhece seus dons particulares e encoraja-a a desenvolvê-los, provendo os meios para que ela possa fazê-lo, mesmo que isso envolva sacrifício pessoal. Ele não compele nem força, antes apóia, estende a mão, colabora.
O amor do marido honra a esposa. O amor do marido é como um manto sobre os ombros da esposa, símbolo de sua proteção e cuidado. Debaixo dele, ela sente-se valorizada, importante, respeitada por ser quem é, como é. Não precisa temer sua própria fragilidade nem o passar dos anos e a chegada das rugas e dos cabelos brancos, pois sabe que o marido vê nela a beleza que nunca diminui nem acaba mas que se renova e viceja a cada nova fase da vida.
O marido que ama a esposa como Cristo amou a igreja procura o aperfeiçoamento, o crescimento, o amadurecimento e a restauração da pessoa que sua esposa foi criada para ser, o que redundará em felicidade e gozo para ele próprio. Esse é o mistério do amor no relacionamento conjugal. Simbolizado pela redondeza contínua das alianças de ouro, ele dá início a um processo infindo de doação que conduz ao paradoxo de que é dando que se recebe, é doando a si mesmo que se cresce, é libertando que se liberta.
Fonte: Monergismo
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